Como os óleos essenciais me ajudam em casa e na vida

Eu tenho um supernariz. Não tô falando de tamanho. Tô falando de olfato mesmo. Consigo reconhecer cheiros de todos os tipos, sou bem sensível a aromas muito fortes e minha memória olfativa se duvidar é mais forte que a imagética. Sendo assim, cheiros têm um papel importante no meu dia a dia.

Tive meu primeiro contato com óleos essenciais em um curso de meditação que fiz em 2001. Lá aprendi a esfregar óleo essencial de alecrim nas mãos, fazer uma concha com as duas palmas das mãos na frente do nariz e inalar. Dessa forma, o óleo de alecrim me ajuda a colocar a cabeça no lugar e ter mais clareza em momentos difíceis. Desde então gosto sempre de ter um vidrinho por perto. Não uso sempre mas é bom saber que ele está por ali para quando eu precisar.

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Recentemente comprei um vidrinho de óleo essencial de lavanda e semanalmente pingo uma gotinha no travesseiro. Faz maravilhas com o sono.

Outros óleo que eu uso de tempos em tempos é o de eucalipto globulos. Coloco algumas gotas dele nos cantinhos do box quando estou gripada. O vapor do banho quente ajuda a fazer o aroma do óleo essencial subir e alivia muito o nariz congestionado.

Ainda uso o óleo de Melaleuca (ou Tea Tree, é a mesma coisa). Eu coloco umas gotinhas no shampoo quando algumas caspinhas teimam em aparecer no couro cabeludo.

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É possível usar óleos essencias para aromatizar o lar também. Existe a forma mais tradicional por meio de difusores vendidos em casas especializadas. Mas tem também aquela dica superantiga que dei aqui há 6 anos de pingar umas gotinhas dos óleos essenciais da sua preferência no rolo do papel higiênico para perfumar o banheiro. Outro truque legal é pingar umas gotinhas nas velas antes de acende-las. O cheiro ficará mais forte quando o pavio queimar.

Uma coisa importante de prestar atenção na hora de comprar os seus óleos essenciais é não comprar óleos sintéticos. Eles só imitam o cheiro (nem sempre de uma maneira fiel) e não trazem as propriedades. Tem que ser os óleos reais, extraídos das plantas mesmo.

Tem alguma outra dica de uso com óleos essenciais? Me conta!

Uma casa de 1915 em Canela – O que perdemos e ganhamos com o tempo

Em maio, passei uma semana em Canela, na Serra Gaúcha. Foi uma delícia de viagem e foi impossível não se encantar com a arquitetura cheia de influência alemã. Já mostrei um monte de coisas lá no Instagram do blog (Não creio que você ainda não segue?! :O). No entanto, queria muito fazer um post específico de uma casa que ganhou meu coração: O Castelinho Caracol.

Trata-se de uma construção encomendada por uma podre de ryca abastada família alemã, finalizada no ano de 1915 e que se mantém preservada até hoje. O lugar é tão incrível que a família Frazen, dona do local até hoje, resolveu abri-la para visitação. A casa foi transformada em um verdadeiro museu sobre a forma de morar do início do século passado.

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A casa da família Frazen foi construída com dois andares, 12 cômodos e pé-direito de 4,35 m. Ela é inteiramente feita de madeira de araucária e com um sistema de encaixes, longos parafusos e sem nenhum prego! A madeira usada na construção da casa também recebeu um tratamento especial para ficar mais resistente: ficou submersa durante seis meses nas águas de um rio e depois mais seis meses secando na sombra. Sim, havia menos pressa.

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Durante esse passeio o que mais chamou a minha atenção naquele estilo de vida é que havia menos distrações nos ambientes. Todos os cômodos estavam na função para a sua razão de ser. A sala de jantar servia, olhem só, para jantar! O quarto para o descanso, o banheiro para a higiene e assim por diante. Lamentei que perdemos isso com o tempo. Sim, eu sei, muito disso é culpa dos nossos espaços diminutos que nos obrigam a enfiar o home office no quarto, uma televisão na sala de estar e o quarto de brinquedos no lugar que as crianças dormem. Mas já pensou que vida tranquila não ter que encavalar os espaços e poder dar dedicar-se exclusivamente às atividades de cada ambiente? E ainda vendem o mindfulness como uma coisa nova! rs :D

Castelinho_Caracaol_5 Isso no fogão era Strudel de maça (maravilhoso, por sinal!) e chá de maça (que não provei lá mas trouxe pra fazer em casa!).

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Senti uma inveja danada desse atelier bem iluminado e com uma mesa enorme para as costuras e manualidades.

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Mas então “antigamente é que era bom”? Não exatamente. Basta dar uma olhadinha no quarto de utensílios para ficar feliz em viver no século XXI: uma geladeira de cerca de um metro, batedor de manteiga e ferro a carvão, entre outras “modernidades”.

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Isso sem falar que não pude ignorar que em quase todos os cômodos relacionados às atividades domésticas tinha um bercinho ou um cavalinho de criança. Ou seja, se hoje com microondas e lava-louças a gente sofre pra dar conta das crias, imagina naquela época.

Bom seria se conseguirmos resgatar o que de bom tínhamos no passado, mas sem perdermos nossas pequenas conquistas cotidianas. Será que é possível? O que você acha?

O que é um Fab Lab?

Imagine um lugar equipado com ferramentas incríveis disponíveis para você executar  todas as ideias mirabolantes que habitam nessa sua cabeça criativa. Agora pense como seria instigante e proveitoso para todo mundo compartilhar esse espaço e estimular outras pessoas a tirarem a ideia do papel também. Foi o que fez o professor Neil Gershenfeld, diretor do Centre of Bits and Atoms da instituição da MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).

Em 2001, ele criou um projeto chamado “How To Make (almost) Everything” (Como fazer quase de tudo) onde os seus alunos usavam diversas ferramentas de fabricação digital para produzir suas próprias invenções. Essa foi a sementinha do que hoje chamamos de Fab Lab, uma rede mundial de laboratórios de fomento à criatividade. Já existem mais de 1100 no mundo todo, e 41 deles estão aqui no Brasil. (OBA! \o/)

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Em um Fab Lab público, você pode receber assistência operacional, educacional, técnica e logística para criar o que quiser gratuitamente. Além disso, poderá manejar –devidamente orientado, claro– um monte de equipamentos que lhe ajudarão a pôr suas ideias em prática. Geralmente, nesses laboratórios é possível encontrar impressoras 3D, cortadoras a laser, programas de desenho digital, equipamentos de eletrônica e robótica e ferramentas de marcenaria e mecânica e em alguns máquinas de costura.

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Aqui em São Paulo tive experiências incríveis nos Fab Labs que têm parceria com a prefeitura e o Instituto de Tecnologia Social. Os espaços são abertos para a população em alguns horários e os profissionais envolvidos são super capacitados para ensinarem o manejo de todas as máquinas. Participei das oficinas de impressão 3D e de Marcenaria e amei as duas! Para fazer os cursos, é preciso se inscrever pelo site. As vagas se esgotam rápido mas não é impossível de conseguir. A dica é entre perto do final do mês que é quando abrem as inscrições do mês seguinte.

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Em um Fab Lab privado o serviço é similiar, porém é preciso pagar para usar o laboratório e para fazer as oficinas.

No site oficial da iniciativa Fab Lab você encontra a lista completa de todos os Fab Labs do Brasil e encontra mais detalhes sobre a proposta.

Vamos ser makers nessa vida, minha gente!

Fotos: CTI e Portal Aprendiz