DIY – Prateleira de chão

Quem nunca deixou as coisas jogadas no chão, que atire o primeiro guarda-chuva!

Em agosto do ano passado mostrei aqui uma ideia para aproveitar cada cantinho da casa.

Resolvi botar a mão na massa e criar minha própria prateleira de chão.

Quer ver como é mole, mole, fácil, fácil!?

tutorialprateleira

Além desses materiais é bom ter por perto tesoura, régua e um lápis para marcar onde furar a prateleira.

1 – Cubra a prateleira com o vinil adesivo. É importante deixar um lado liso, sem remendos. Essa será a parte de cima da prateleira. Os acabamentos podem ficar escondidinhos na parte de baixo! ;)

2 – Marque o lugar onde você vai fixar os rodízios. Fica mais bonito se ficarem todos com uma distância regular entre eles.

tutorialprateleira2

3 – O pinho, madeira que usei na prateleira (e a mais barata que existe!), é molinho. Então se você quiser, pode fixar os rodízios apenas enroscando o parafuso com a chave estrela.

Quer ganhar tempo? Faça um furo raso com a ajuda da furadeira e com uma broca bem fina para madeira. Assim você consegue enroscar ainda mais fácil o parafuso!

4 – Fixe os quatro rodízios e pronto!

prateleiradechão2

Coloquei a prateleira perto da minha porta com duas plantinhas e uma cestinha plástica onde coloco os sapatos assim que entro em casa! (Dica para manter a casa limpa por mais tempo que já comentei nesse post aqui).

prateleiradechão

A prateleira, além de dar a impressão de uma casa mais arrumadinha, ainda é uma mão na roda na hora de dar uma varrida rápida na casa.

Ah! E preciso dizer: fiz esse projeto em apenas 2O minutos!

Muito fácil e lindo ou lindo e muito fácil?

Fotos: Mirella Luiggi

Perdeu o posto no meu coração, Nigella

Ontem recebi um link, tão legal, mas tão legal, que fiquei pensando como eu não conhecia essa criatura antes, gente!!

Raíza é uma fofurice brasileira que mora em Nova Iorque e grava vídeos tutoriais de receitas culinárias lindos! No seu site Dulce Delight, ela reúne tudo e mais um pouco. As receitas são apetitosas e a proposta dos vídeos bem bacana.

Mini rose pâte choux from dulcedelight on Vimeo.

Adorei porque Raíza é bem gente como a gente. A moça não tem formação de chef, aprendeu tudo sozinha, e mesmo assim, arrasa na cozinha! Sem falar que é uma simpatia daquelas que dá vontade de ser amiga!

Os vídeos são em inglês mas como tudo é bem explicadinho com imagens e ela lista todos os ingredientes nos posts do site (O Google tradutor ajuda quem não entende!), é possível aprender alguma coisa mesmo que você tenha um inglês bem macarrônico. ;)

Patterned Cake Roll from dulcedelight on Vimeo.

Se você correr, ainda dá tempo de fazer esse bolo bem romântico para o dia dos namorados.

bolocoração

Lindão demais, né?

Virei fanzoca!

Tá bom, Nigella… a declaração do título do post foi no calor da emoção. Tem lugar no meu coração para as duas <3.

UPDATE: A Natalye avisou que a Raíza também tem um canal no youtube com receitas em português! Para entrar clique aqui

Obrigada pela informação, Natalye!

Casa de Tranqueiras – É desapegando que a gente se entende

Quem acompanha este blog sabe que nos mudamos de apartamento (“nós” somos eu e Mirella, que por acaso é minha esposa) há poucos meses, mas antes disso, há cinco anos, nos mudamos de cidade. O que logicamente é algo bem mais difícil. Não apenas pelo desafio de se adaptar a uma novo ambiente, mas também pela necessidade de adquirir uma velha conhecida de quem já passou por isso: a prática do desapego.

Quando você é solteiro, todas as escolhas dependem de você. Só que se você se mudar para um apartamento no qual vai morar sozinho, pode ser até um quitinete: provavelmente será um pouco maior que o seu antigo quarto de dormir na casa dos pais. Ou seja, você terá mais espaço, e seu maior problema será basicamente onde reencaixar tudo de forma a deixar a casa ainda com cara de casa. Por mais ogro do lar que você seja, não acredito, por exemplo, que você vai usar o armário da cozinha para guardar livros. Ou vai?

Mas quando você entra nesse processo e faz parte de um casal, as chances de uma possível DR temática serão grandes. O tema da DR será: “o que nós pretendemos para essa nova casa?”. Na prática isso significa uma delicada negociação para que cada membro do casal consiga conservar um mínimo de objetos que façam parte de suas respectivas histórias pessoais, e ao mesmo tempo achar um denominador comum para os próximos objetos a serem adquiridos.

Além disso, será necessário reavaliar a hierarquia de seu novo patrimônio conjunto. Onde vai ficar aquela coleção de bolsas ou bonecas que ela tanto adora, mas que você acha uma bichice sem tamanho? O que será daquele poster do seu filme favorito, mas que não significa nada para sua mulher? Isso se ela não ODIAR o filme em questão.

E daí no meio da negociação, se você for como eu e Mirella, duas pessoas um pouco “espaçosas” nesse aspecto, uma conclusão será evidente: a menos que você tenha muito dinheiro para comprar uma moradia com mais de 300 metros quadrados em São Paulo (algo na casa do milhão de reais hoje em dia), sua nova casa não terá lugar para tudo que era seu na casa dos pais. Vem o doloroso momento do desapego. Que livros deixar? Que quadrinhos vão ficar? Que pôsteres vão para o lixo (ih…)?

Além disso, quais critérios serão utilizados para cada coisa? Um livro vai para o estoque de acordo com a sua utilidade ou pela memória afetiva? Um poster será escolhido pela importância do seu tema na sua vida ou pela beleza plástica? O pior é quando você decide tudo e repassa suas decisões para a cônjuge, mas ela não concorda, com contra-argumentos como “ah, esse poster é muito feio, coisa de adolescente” ou “você tem discos demais”.

Nesse ponto da discussão, caro leitor, não tenho como te ajudar muito mais. Cada um sabe a esposa que tem e apenas tente lutar com as armas que dispor. Defendo apenas os direitos e deveres iguais no casal: se você se livrou de excessos, ela também terá que se livrar. E os argumentos usados podem ou não valer para as duas partes interessadas. Só te desejo boa sorte e algum bom senso. Lembre-se ainda que de vez em quando ela poderá sim ter razão. Afinal, não é coisa de adulto ter uma estante abarrotada de action figures – ou de bonecas, no caso dela – e não ter lugar para colocar o fogão.

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Márcio Padrão é jornalista, autor do Quadrisônico, marido da autora do blog e fã de cultura pop.