Daí tivemos que voltar a esse tema este ano. Com uma pessoa a mais em casa desde o ano passado (<3), repensamos a geladeira e decidimos comprar outra maior há cerca de três meses.
Com a mudança de perfil da família, a exigência perante a tal geladeira também precisava ser maior. Mirella sugeriu um modelo “inverse”. Aí protestei porque achava que “inverse” significava que o freezer ficaria maior porque só a parte de baixo seria dedicada à porção “geladeira” e ficariamos com um freezer gigante em cima. E assim me revelei um completo ignorante no assunto.
Ok, a geladeira ficará em cima e o freezer embaixo, mas ainda assim maior que o modelo que tínhamos. Ótimo. Que mais? Ela precisava ser frost-free (o modelo anterior também era) e claro, precisava ser maior como um todo para comportar mais comidas prontas e congeladas. Facilitar a vida pra cozinhar menos na semana, essas coisas.
O modelo escolhido foi um Brastemp Inverse 422 litros Evox – veja bem, este não é um post patrocinado, só estou sendo <s>escravizado</s> orientado pela dona do blog a escrever sobre o tema. Mas tergiverso.
O modelo até agora é ótimo, pois além de preencher os nossos pré-requisitos ele ainda tem um truque legal de encher o compartimento de cubos de gelo. Você enche um treco de plástico na vertical, depois encaixa ele na horizontal sem derramar praticamente nada. A água do recipiente cai na forma de gelo sozinha. Depois de congelados, pra separar os cubos, você gira um botão dentro do próprio freezer e eles caem em uma gaveta. Não sei se ficou claro, mas é bem engenhoso.
Ela tem outros truques e uns botõezinhos iluminados na frente que ainda não tentamos usar, como uns modos de congelamento rápido de bebidas, outro pra regular a temperatura de comidas recém chegadas da feira e outras frescuras. Mas nem mexemos nisso ainda e suspeito que jamais mexeremos como deveríamos*. Falei lá em cima que não sou de eletrodomésticos; já basta eu me desentender com os controles do videogame…
Casa de tranqueiras: a criança já começou a bagunça
Vocês já devem saber que Mirella e eu estamos esperando uma menina, não é isso? Pois bem, Dora ainda tem mais umas 18 semanas pela frente, mas se depender do estado atual do nosso humilde apartamento, a menina já poderia ser considerada uma bagunceira nata.
Explico. Nossas vidas de “adulto”, desde o casamento, sempre foram corridas. Normal, se você está lendo isso e já entrou pro time dos casados, sabe bem do que estou falando. Acaba a vida de mamata: você não apenas tem que trabalhar oito horas por dia, mas tem que se virar para administrar o restante da sua vida AND dormir um pouco nas 16 horas restantes.
Se você dorme mais oito horas, sobram oito horas para as três refeições (ou duas, se estiver num dia difícil), tomar banho, escovar os dentes, assistir um seriadinho, dar uns beijos na grávida, pagar contas, ligar pra reclamar no cartão de crédito, ler notícias na internet, e quem sabe, escrever em blogs.
Tá pouco? E arrumar os objetos espalhados pela casa, varrer, lavar pratos, às vezes cozinhar – tem quem compre tudo pronto ou coma fora, mas até isso toma tempo – lavar roupas, pendurar roupas, guardar roupas? Melhorou?
Sim, todo esse preâmbulo pra chegar na casa – afinal, eu tô velho mas não esqueci que isso é um blog de decoração, e se você chegou até aqui depois da ladainha, parabéns.
O caso é que arrumar a casa ficou mais complicado com um cômodo inteiro a ser repensado – sim, o já famoso quarto de Dora, que está em processo de composição a ser descrito por Mirella aqui em breve, espero.
São roupas de bebê a pôr no guarda-roupa novo, um monte de objetos nossos a serem guardados em outros móveis de outros quartos, um berço ainda a ser comprado, uma parede a ser pintada com uma cor propícia para bebês, móveis velhos a serem jogados fora. E sem querer querendo, a bagunça desse quarto-limbo se espalha devagar pelo banheiro, pela sala, e às vezes pela cozinha. É um poltergeist, um filme de terror dirigido pela Xuxa.
Mas chega, porque a menina nem nasceu e já tô pondo nela a culpa da bagunça dos pais desorganizados e atarantados. Não me levem a mal: estamos felizes e ansiosos, e sairemos vivos dessa, mas esse foi só um desabafo e um capítulo da série “Crescer é um Pouco Assustador… Mas Vale a Pena”.
Casa de Tranqueira – Embutindo problemas no seu lar por Márcio Padrão
Eu tenho uma certa resistência a coisas embutidas. Entendo todas as vantagens: a casa ganha mais espaço, os objetos ficam mais arrumados, o móvel em questão fica bem mais resistente que um similar não-embutido. Mas uma grande desvantagem sempre me vem à mente: uma vez colocado, você nunca mais vai poder remaginar as posições dos móveis do cômodo.
Dito isso, quando Mirella me propôs fazermos uma grande estante embutida para guardarmos nossos discos, nossos livros e nada mais; eu concordei. Afinal, seria uma experiência interessante. E havia o fato do novo apartamento ser nosso e por isso podermos mexer nele no que quisermos. Mas também pensei no meu receio e na possibilidade de ficar chateado se o móvel não ficasse direito e me arrependesse depois.
Desenhamos o móvel, todo bonito, baseado em desenhos de outras estantes que gostamos. Pensamos em todos os usos que ele teria, nos tamanhos dos objetos que tínhamos e que viria a ter. Pronto, decidido. Chamamos o marceneiro, ele fez tudo rápido e direito. Mas logo que ficou pronto, enquanto Mirella saltitava de felicidade, uma primeira decepção saltou de cara para mim: os nichos, todos de mesmo tamanho, não cabiam discos de vinil. E pretendo recomeçar uma coleção de vinis em breve, depois que comprar um toca-discos novo. Foi um erro de cálculo que passou batido no planejamento.
Não é nada muuuito grave e já tenho uns planos B em mente, que terão que ser discutidos com a patroa – algo que, imagino, deverá render alguns conflitos e, por tabela, mais uns posts meus nessa seara. Mas enfim. Eu ainda gosto da minha estante embutida, mas ela infelizmente me provou que embutidos são meio que um pacto com o demo. Em dando certo, são bem legais, mas pense e repense bastante as aplicações presentes e futuras que o móvel trará para a sua casa, porque desfazer depois de feito vai ser um problema daqueles.