Quando vale a pena fazer você mesmo?

Recebo várias mensagens de pessoas com essa mesma pergunta. Confesso também que estou um pouco cansada de ver tutoriais na web de projetos super sofisticados, que custam uma nota e que dificilmente, se feito por leigos, ficarão tão bons quanto os que os profissionais que ensinam, fazem. Eu acho esse tipo de coisa um desserviço para quem quer começar a criar com as próprias mãos. Gera frustração e desanima logo de cara!

Antes de botar a mão na massa, é preciso ter ciência do processo, custos e do que você espera como resultado final. Criei um fluxograma para responder um pouco as muitas perguntas que recebo.

Esse fluxograma deve ser jogado no lixo se o intuito do projeto a ser feito é justamente curtir o processo. Se a ideia de “fazer você mesmo” for para lhe distrair, tirar o estresse ou criar um novo hobby, vá em frente sem pestanejar!

Mas se a ideia é fazer algo funcional para a sua casa, para os filhos, para vestir, para festejar ou para comer, considere essas questões antes de começar um projeto do tipo “faça você mesmo.”

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*Se o projeto for para crianças pequenas, com peças que podem ser engolidas se não estiverem bem presas, por exemplo, ou se for móveis que podem machucar se não bem executados, não vá adiante! A menos que você tenha total domínio técnico, isso pode ser bem perigoso!

 

Se resolver que “fazer você mesmo” é o que você quer, pode contar comigo para tirar dúvidas sobre materiais, técnicas e “otras cositas más”. :)

O “Faça Você Mesmo” e o longo caminho que temos pela frente!

O Faça Você Mesmo nunca esteve tão na moda. O que mais se vê por aí são tutoriais ensinando como pôr a mão na massa para transformar a casa (sim, esse blog por exemplo), o visual e a vida.

Tem também o Movimento Maker, o nome dado ao boom de projetos Faça Você Mesmo na área de tecnologia e design. De repente, parece que todo mundo se deu conta que fazer as coisas com as próprias mãos é bacana. E isso é ótimo.

 

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O problema é que quando a pessoa enfim resolve fazer o projeto mara que salvou no Pinterest, descobre que a vida não é tão simples assim.

Ela não encontra fácil aquele tipo de cola, descobre que a ferramenta para fazer aquele trabalho incrível na madeira custa o salário do mês e que o material para fazer aquela mesinha improvisada custa o dobro de comprar o móvel em uma loja bacana. Isso brocha legal o ímpeto criativo de qualquer pessoa.

Aqui no Brasil, as pessoas se acostumaram tanto a contratar outras para fazer as coisas em casa que a minha sensação é que o mercado deixou de lado as ofertas de materiais para quem quer criar com as próprias mãos.

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Sim, existem marcas nacionais incríveis de materiais para “artesanato” mas elas hoje são tão de nicho que praticamente só é possível comprar online. As aspas na palavra artesanato estão aí porque acho que esse termo também atrapalha bastante quem ama o Faça Você Mesmo.

Veja bem, eu posso comprar um daqueles potinhos pequenos de tinta acrílica para pintar só um pedacinho dos pés de uma cadeira da minha casa. Não estou fazendo artesanato. Não é preciso ser artesão para comprar tintas, pincéis, colas especiais e outros materiais. Vamos acabar com esse estereótipo.

Qualquer pessoa pode desejar fazer algum projeto manual em alguma altura da vida. Esse é um mercado massa, que está crescendo (vide a Mega Artesanal que a cada ano está mais lotada) e quem olhar para ele com a devida atenção vai marcar um golaço.

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Sei que em 2017 chega ao Brasil à Zôdio, uma loja do mesmo grupo francês da Leroy Merlin, voltada para o Faça Você Mesmo nas áreas de decoração, manualidades e culinária. Tive oportunidade de conversar com os diretores ano passado e achei a proposta bem legal.

Também fico muito feliz em ver que os Fab Labs estão bombando por aqui! Esses espaços têm máquinas como impressoras 3D, cortadoras à laser, máquinas de costura, equipamento para marcenaria, entre outros maquinários, para uso compartilhado mediante uma pequena taxa. Conheci a proposta do Fab Lab Recife e do Garage Fab Lab aqui em São Paulo, mas já existem vários outros pelo país. E que venham mais!

Se tudo der certo, vamos todos virar “fazedores” e em breve teremos uma seção de Faça Você Mesmo em todos os grandes supermercados e FabLabs em todos os cantos do país. ;) Dedos cruzados!

Como fazer um prato para bolos em casa – DIY

Como vocês notaram, não consegui postar diariamente em Recife. Neste momento, já em São Paulo, escrevo olhando para uma mala gigante toda bagunçada no meio da minha sala, enquanto uma bebê de um ano e meio corre serelepe com um biquíni vestido na cabeça. Sim, é provável que os post não se regularizem ainda essa semana. Mas vamos que vamos!

Em 2009, fiz um passo a passo de um prato para bolos bem fácil que até hoje tem muitas visualizações no canal do blog no YouTube (se você ainda não é assinante do canal, assina lá! Faz anos que não posto vídeos mas em breve teremos novidades). Essa semana criei uma versão mais pomposa do prato para o site da Casa Brasileira. Dessa vez usando castiçais.
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É um projeto tão fácil, mas tão fácil, que você não vai gastar nem 2 minutos para fazer um igual. E o melhor de tudo é que depois de usar o prato para bolos na sua festinha, é possível descolar e usar o castiçal na função original.

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Você aprende como fazer um igual clicando aqui.