Granilite e Marmorite: a volta dos revestimentos de antigamente

O Granilite ou o Marmorite certamente fizeram parte de alguma casa ou construção que você frequentou na infância. Esses revestimentos cheios de pontinhos eram populares em construções da década de 40 e, por serem resistentes, foram muito usados em halls de prédios e em áreas de grande circulação por anos. Na verdade ainda é fácil encontrá-los por aí, já que a durabilidade é o ponto forte deles.

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Muitas vezes os termos Marmorite e Granilite são usados como se fossem a mesma coisa, mas existe uma diferença nesses dois tipos de revestimento. O Granilite é feito com a mistura de cimento branco ou comum, areia, água e pedras de diferentes tamanhos como granito, mármore e quartzo, entre outros minerais. Já o Marmorite é feito de forma semelhante ao Granilite mas usando apenas o mármore em pó ou em pequenos pedaços na mistura com cimento, areia e água.

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Existem dois tipos de Granilite. Um deles é o polido, quando são eliminados todas as irregularidades dos grânulos minerais da superfície e ela é totalmente polida, recebendo também uma camada de resina impermeabilizante.

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O Granilite Lavado ou Fulgê é o revestimento sem o polimento, onde as irregularidades dos grânulos continuam garantindo ao piso uma superfície áspera, antiderrapante, ideal para revestir rampas, escadas e outras áreas externas, inclusive em volta de piscinas.

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A boa nova é que esses revestimentos que estiveram tão em voga no passado voltaram a aparecer repaginados em projetos chiquérrimos de arquitetos europeus (lá eles chamam esse tipo de revestimento de Terrazzo) e já começaram a dar o ar da graça novamente por aqui também desde o ano passado! Não só em pisos e paredes, mas também emprestando sua estampa e textura para objetos decorativos e móveis.

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Destaque para essas três últimas fotos com a estampa linda criada pelo meu primo querido Guilherme Luigi para o sofá, além dos lambes produzidos especialmente para a loja Muma! :) Sim, meu bem! Você pode usar lambes gastando bem pouco e ter uma parede “Granilite” para chamar de sua!

Por mim pode deixar essa moda virar padrão de estampa e textura atemporal na arquitetura porque acho lindo! E por você?

Fonte: Dicas de Arquitetura, Casa Abril, Piso térmico. Fotos: Casa Vogue, Histórias de CasaCasa e Jardim, SF by The Bay, Apartment Therapy, Urban Outfitters e Muma.

Como fazer uma bandeja de mármore real #sqn :P

Você paquera uma bandeja de mármore daquelas que aparecem em vários perfis do Pinterest, sonha em ter uma para chamar de sua mas tá faltando grana para comprar um artigo feito de um material tão caro? Pois cá estou eu para resolver o seu problema!

Fiz esse projeto do jeitinho que a gente gosta: molezinha, barato e com um resultado digno de soltar um “UAU”!

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Materiais

– Uma pequena tábua de madeira lixada
– Dois puxadores de metal prata
– Quatro parafusos com cabeça chata
– Uma chave de fenda
– Tesoura
– Um pano ou toalha macia
– Plástico adesivo com estampa de mármore branco (Esse perfeito é da Gekkofix. Você encontra pra vender online aqui e já vi também pra vender na Matsumoto da região da 25 de março, no centro de São Paulo).

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1 – Limpe bem a tábua.

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2 – Com a ajuda do pano macio, aplique o plástico adesivo na tábua. Passe suavemente o pano, enquando fixa o adesivo, para que não forme bolhas na superfície.

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3 – Faça o acabamento nas extremidades como se estivesse encapando um livro. No verso da bandeja, cole um retangulo grande do plástico adesivo para esconder as rebarbas e dar um melhor acabamento. Parafuse os puxadores, cuidando para que a cabeça do parafuso fique bem rente a madeira.

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4 – Fixe o segundo puxador e está pronta a sua bandeja de mármore :D

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Esse foi um daqueles projetos que apesar de esperançosa, confesso que no início fiquei com medo que o acabamento entregasse que era fake. Porém fiquei impressionada com o resultado! :) Amei o efeito real dessa bandeja de mármore! E você? O que achou?

Uma casa de 1915 em Canela – O que perdemos e ganhamos com o tempo

Em maio, passei uma semana em Canela, na Serra Gaúcha. Foi uma delícia de viagem e foi impossível não se encantar com a arquitetura cheia de influência alemã. Já mostrei um monte de coisas lá no Instagram do blog (Não creio que você ainda não segue?! :O). No entanto, queria muito fazer um post específico de uma casa que ganhou meu coração: O Castelinho Caracol.

Trata-se de uma construção encomendada por uma podre de ryca abastada família alemã, finalizada no ano de 1915 e que se mantém preservada até hoje. O lugar é tão incrível que a família Frazen, dona do local até hoje, resolveu abri-la para visitação. A casa foi transformada em um verdadeiro museu sobre a forma de morar do início do século passado.

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A casa da família Frazen foi construída com dois andares, 12 cômodos e pé-direito de 4,35 m. Ela é inteiramente feita de madeira de araucária e com um sistema de encaixes, longos parafusos e sem nenhum prego! A madeira usada na construção da casa também recebeu um tratamento especial para ficar mais resistente: ficou submersa durante seis meses nas águas de um rio e depois mais seis meses secando na sombra. Sim, havia menos pressa.

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Durante esse passeio o que mais chamou a minha atenção naquele estilo de vida é que havia menos distrações nos ambientes. Todos os cômodos estavam na função para a sua razão de ser. A sala de jantar servia, olhem só, para jantar! O quarto para o descanso, o banheiro para a higiene e assim por diante. Lamentei que perdemos isso com o tempo. Sim, eu sei, muito disso é culpa dos nossos espaços diminutos que nos obrigam a enfiar o home office no quarto, uma televisão na sala de estar e o quarto de brinquedos no lugar que as crianças dormem. Mas já pensou que vida tranquila não ter que encavalar os espaços e poder dar dedicar-se exclusivamente às atividades de cada ambiente? E ainda vendem o mindfulness como uma coisa nova! rs :D

Castelinho_Caracaol_5 Isso no fogão era Strudel de maça (maravilhoso, por sinal!) e chá de maça (que não provei lá mas trouxe pra fazer em casa!).

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Senti uma inveja danada desse atelier bem iluminado e com uma mesa enorme para as costuras e manualidades.

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Mas então “antigamente é que era bom”? Não exatamente. Basta dar uma olhadinha no quarto de utensílios para ficar feliz em viver no século XXI: uma geladeira de cerca de um metro, batedor de manteiga e ferro a carvão, entre outras “modernidades”.

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Isso sem falar que não pude ignorar que em quase todos os cômodos relacionados às atividades domésticas tinha um bercinho ou um cavalinho de criança. Ou seja, se hoje com microondas e lava-louças a gente sofre pra dar conta das crias, imagina naquela época.

Bom seria se conseguirmos resgatar o que de bom tínhamos no passado, mas sem perdermos nossas pequenas conquistas cotidianas. Será que é possível? O que você acha?