Como aproveitar melhor o espaço da cozinha na hora de cozinhar

Existem duas dicas que uso sempre para ganhar mais espaço na minha cozinha e que só recentemente me dei conta que nunca compartilhei com você. Elas deixam a minha rotina na hora de criar e esquentar pratos bem mais prática!

Microondas de dois andares

Meu microondas é micro mesmo. Para aproveitar melhor o espaço dele e ainda economizar energia, sempre quando a comida servida cabe em pratos menores, coloco uma xícara ao lado do primeiro prato e assim crio um suporte para um segundo prato. Onde antes cabia apenas um prato, assim cabem dois!

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Suporte de livro de receitas

Essa é para quem sofre com uma bancada pequena (passo pelo o mesmo, amiga!). Pegue um cabide para saias, prenda o livro nele e pendure-o no puxador do armário superior da pia. Pronto! A receita fica bem próxima dos olhos e sem nenhum risco de melecar o livro.

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Tem alguma dica boa para facilitar a vida na cozinha? Compartilha comigo!

Como fazer Bobotie – Um prato diferente para surpreender

A África do Sul é especial pra mim de um jeito que nem sei dizer. Tudo ali traz um calorzinho no peito e com a comida não é diferente. Aprendi a fazer esse Bobotie, um prato tipo do país, com a senhora que me hospedou em grande parte dos 40 dias em que passei na Cidade do Cabo em 2011. Encho a boca de água até hoje só de pensar nele.

O Bobotie tem um sabor único. Garanto a você que é diferente de tudo que você costuma comer por essas bandas daqui. No entanto, é delicioso e bem fácil de fazer! Quer tentar? Anota aí a receita:

Ingredientes

1 kg de carne moída
2 colheres de sopa de curry
2 colheres de sopa de óleo (o tipo que você preferir)
4 fatias de pão de forma sem a casca
1 colher de sobremesa de açúcar mascavo (se não tiver pode ser o branco que também funciona)
1/2 xícara de vinagre branco
2 cebolas bem picadas
1 xícara de leite morno
1 maçã grande descascada e ralada (ou 2 pequenas)
2 ovos
1 e 1/2 colher de sobremesa de geléia de damasco
sal a gosto

Modo de fazer

Refogue as cebolas no óleo até ficarem douradas. Em seguida, adicione o curry e o açúcar. Retire a panela do fogão e acrescente a maçã ralada, o vinagre, a geléia de damasco, a carne moída e o sal. Mexa até integrar bem os ingredientes.

Parta o pão em pedaços e os umedeça no leite morno. Esprema o excesso de leite e depois acrescente o pão à mistura. Distribua em um refratário de vidro ou cerâmica.

Em uma tigela a parte, bata bem 1/2 xícara de leite com os 2 ovos. Despeje a mistura por cima do refratário e leve ao forno baixo (180 graus) por cerca de 30 minutos ou até que o Bobotie fique dourado.

bobotie

Como servir

O acompanhamento tradicional é arroz (muitas vezes amarelinho de curry também!), chutney de pêssego* (esse a gente não acha fácil aqui mas qualquer chutney de fruta funciona!), coco fresco ralado e bananas (frescas, frita ou chips). Tem que comer com os acompanhamentos para ter a profusão de texturas e gostos.

O Bobotie é um bolo de carne maravilhoso e faz muito sucesso com quem gosta de misturar sabores doces e salgados!

E se você quiser fazer um jantar sul-africano completo, vale servir um vinho pinotage e fazer um Malva Pudding de sobremesa. Já ensinei aqui também, lembra?

Faça e me conte o que achou. Combinado? :)

* Quem é de São Paulo acha o Mrs. Ball (Chutney de Pêssego da Africa do Sul) nos supermercados do bairro da Liberdade.

Uma casa de 1915 em Canela – O que perdemos e ganhamos com o tempo

Em maio, passei uma semana em Canela, na Serra Gaúcha. Foi uma delícia de viagem e foi impossível não se encantar com a arquitetura cheia de influência alemã. Já mostrei um monte de coisas lá no Instagram do blog (Não creio que você ainda não segue?! :O). No entanto, queria muito fazer um post específico de uma casa que ganhou meu coração: O Castelinho Caracol.

Trata-se de uma construção encomendada por uma podre de ryca abastada família alemã, finalizada no ano de 1915 e que se mantém preservada até hoje. O lugar é tão incrível que a família Frazen, dona do local até hoje, resolveu abri-la para visitação. A casa foi transformada em um verdadeiro museu sobre a forma de morar do início do século passado.

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A casa da família Frazen foi construída com dois andares, 12 cômodos e pé-direito de 4,35 m. Ela é inteiramente feita de madeira de araucária e com um sistema de encaixes, longos parafusos e sem nenhum prego! A madeira usada na construção da casa também recebeu um tratamento especial para ficar mais resistente: ficou submersa durante seis meses nas águas de um rio e depois mais seis meses secando na sombra. Sim, havia menos pressa.

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Durante esse passeio o que mais chamou a minha atenção naquele estilo de vida é que havia menos distrações nos ambientes. Todos os cômodos estavam na função para a sua razão de ser. A sala de jantar servia, olhem só, para jantar! O quarto para o descanso, o banheiro para a higiene e assim por diante. Lamentei que perdemos isso com o tempo. Sim, eu sei, muito disso é culpa dos nossos espaços diminutos que nos obrigam a enfiar o home office no quarto, uma televisão na sala de estar e o quarto de brinquedos no lugar que as crianças dormem. Mas já pensou que vida tranquila não ter que encavalar os espaços e poder dar dedicar-se exclusivamente às atividades de cada ambiente? E ainda vendem o mindfulness como uma coisa nova! rs :D

Castelinho_Caracaol_5 Isso no fogão era Strudel de maça (maravilhoso, por sinal!) e chá de maça (que não provei lá mas trouxe pra fazer em casa!).

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Senti uma inveja danada desse atelier bem iluminado e com uma mesa enorme para as costuras e manualidades.

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Mas então “antigamente é que era bom”? Não exatamente. Basta dar uma olhadinha no quarto de utensílios para ficar feliz em viver no século XXI: uma geladeira de cerca de um metro, batedor de manteiga e ferro a carvão, entre outras “modernidades”.

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Isso sem falar que não pude ignorar que em quase todos os cômodos relacionados às atividades domésticas tinha um bercinho ou um cavalinho de criança. Ou seja, se hoje com microondas e lava-louças a gente sofre pra dar conta das crias, imagina naquela época.

Bom seria se conseguirmos resgatar o que de bom tínhamos no passado, mas sem perdermos nossas pequenas conquistas cotidianas. Será que é possível? O que você acha?