Vocês já devem saber que Mirella e eu estamos esperando uma menina, não é isso? Pois bem, Dora ainda tem mais umas 18 semanas pela frente, mas se depender do estado atual do nosso humilde apartamento, a menina já poderia ser considerada uma bagunceira nata.
Explico. Nossas vidas de “adulto”, desde o casamento, sempre foram corridas. Normal, se você está lendo isso e já entrou pro time dos casados, sabe bem do que estou falando. Acaba a vida de mamata: você não apenas tem que trabalhar oito horas por dia, mas tem que se virar para administrar o restante da sua vida AND dormir um pouco nas 16 horas restantes.
Se você dorme mais oito horas, sobram oito horas para as três refeições (ou duas, se estiver num dia difícil), tomar banho, escovar os dentes, assistir um seriadinho, dar uns beijos na grávida, pagar contas, ligar pra reclamar no cartão de crédito, ler notícias na internet, e quem sabe, escrever em blogs.
Tá pouco? E arrumar os objetos espalhados pela casa, varrer, lavar pratos, às vezes cozinhar – tem quem compre tudo pronto ou coma fora, mas até isso toma tempo – lavar roupas, pendurar roupas, guardar roupas? Melhorou?
Sim, todo esse preâmbulo pra chegar na casa – afinal, eu tô velho mas não esqueci que isso é um blog de decoração, e se você chegou até aqui depois da ladainha, parabéns.
O caso é que arrumar a casa ficou mais complicado com um cômodo inteiro a ser repensado – sim, o já famoso quarto de Dora, que está em processo de composição a ser descrito por Mirella aqui em breve, espero.
São roupas de bebê a pôr no guarda-roupa novo, um monte de objetos nossos a serem guardados em outros móveis de outros quartos, um berço ainda a ser comprado, uma parede a ser pintada com uma cor propícia para bebês, móveis velhos a serem jogados fora. E sem querer querendo, a bagunça desse quarto-limbo se espalha devagar pelo banheiro, pela sala, e às vezes pela cozinha. É um poltergeist, um filme de terror dirigido pela Xuxa.
Mas chega, porque a menina nem nasceu e já tô pondo nela a culpa da bagunça dos pais desorganizados e atarantados. Não me levem a mal: estamos felizes e ansiosos, e sairemos vivos dessa, mas esse foi só um desabafo e um capítulo da série “Crescer é um Pouco Assustador… Mas Vale a Pena”.