Como fazer Bobotie – Um prato diferente para surpreender

A África do Sul é especial pra mim de um jeito que nem sei dizer. Tudo ali traz um calorzinho no peito e com a comida não é diferente. Aprendi a fazer esse Bobotie, um prato tipo do país, com a senhora que me hospedou em grande parte dos 40 dias em que passei na Cidade do Cabo em 2011. Encho a boca de água até hoje só de pensar nele.

O Bobotie tem um sabor único. Garanto a você que é diferente de tudo que você costuma comer por essas bandas daqui. No entanto, é delicioso e bem fácil de fazer! Quer tentar? Anota aí a receita:

Ingredientes

1 kg de carne moída
2 colheres de sopa de curry
2 colheres de sopa de óleo (o tipo que você preferir)
4 fatias de pão de forma sem a casca
1 colher de sobremesa de açúcar mascavo (se não tiver pode ser o branco que também funciona)
1/2 xícara de vinagre branco
2 cebolas bem picadas
1 xícara de leite morno
1 maçã grande descascada e ralada (ou 2 pequenas)
2 ovos
1 e 1/2 colher de sobremesa de geléia de damasco
sal a gosto

Modo de fazer

Refogue as cebolas no óleo até ficarem douradas. Em seguida, adicione o curry e o açúcar. Retire a panela do fogão e acrescente a maçã ralada, o vinagre, a geléia de damasco, a carne moída e o sal. Mexa até integrar bem os ingredientes.

Parta o pão em pedaços e os umedeça no leite morno. Esprema o excesso de leite e depois acrescente o pão à mistura. Distribua em um refratário de vidro ou cerâmica.

Em uma tigela a parte, bata bem 1/2 xícara de leite com os 2 ovos. Despeje a mistura por cima do refratário e leve ao forno baixo (180 graus) por cerca de 30 minutos ou até que o Bobotie fique dourado.

bobotie

Como servir

O acompanhamento tradicional é arroz (muitas vezes amarelinho de curry também!), chutney de pêssego* (esse a gente não acha fácil aqui mas qualquer chutney de fruta funciona!), coco fresco ralado e bananas (frescas, frita ou chips). Tem que comer com os acompanhamentos para ter a profusão de texturas e gostos.

O Bobotie é um bolo de carne maravilhoso e faz muito sucesso com quem gosta de misturar sabores doces e salgados!

E se você quiser fazer um jantar sul-africano completo, vale servir um vinho pinotage e fazer um Malva Pudding de sobremesa. Já ensinei aqui também, lembra?

Faça e me conte o que achou. Combinado? :)

* Quem é de São Paulo acha o Mrs. Ball (Chutney de Pêssego da Africa do Sul) nos supermercados do bairro da Liberdade.

Uma casa de 1915 em Canela – O que perdemos e ganhamos com o tempo

Em maio, passei uma semana em Canela, na Serra Gaúcha. Foi uma delícia de viagem e foi impossível não se encantar com a arquitetura cheia de influência alemã. Já mostrei um monte de coisas lá no Instagram do blog (Não creio que você ainda não segue?! :O). No entanto, queria muito fazer um post específico de uma casa que ganhou meu coração: O Castelinho Caracol.

Trata-se de uma construção encomendada por uma podre de ryca abastada família alemã, finalizada no ano de 1915 e que se mantém preservada até hoje. O lugar é tão incrível que a família Frazen, dona do local até hoje, resolveu abri-la para visitação. A casa foi transformada em um verdadeiro museu sobre a forma de morar do início do século passado.

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A casa da família Frazen foi construída com dois andares, 12 cômodos e pé-direito de 4,35 m. Ela é inteiramente feita de madeira de araucária e com um sistema de encaixes, longos parafusos e sem nenhum prego! A madeira usada na construção da casa também recebeu um tratamento especial para ficar mais resistente: ficou submersa durante seis meses nas águas de um rio e depois mais seis meses secando na sombra. Sim, havia menos pressa.

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Durante esse passeio o que mais chamou a minha atenção naquele estilo de vida é que havia menos distrações nos ambientes. Todos os cômodos estavam na função para a sua razão de ser. A sala de jantar servia, olhem só, para jantar! O quarto para o descanso, o banheiro para a higiene e assim por diante. Lamentei que perdemos isso com o tempo. Sim, eu sei, muito disso é culpa dos nossos espaços diminutos que nos obrigam a enfiar o home office no quarto, uma televisão na sala de estar e o quarto de brinquedos no lugar que as crianças dormem. Mas já pensou que vida tranquila não ter que encavalar os espaços e poder dar dedicar-se exclusivamente às atividades de cada ambiente? E ainda vendem o mindfulness como uma coisa nova! rs :D

Castelinho_Caracaol_5 Isso no fogão era Strudel de maça (maravilhoso, por sinal!) e chá de maça (que não provei lá mas trouxe pra fazer em casa!).

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Senti uma inveja danada desse atelier bem iluminado e com uma mesa enorme para as costuras e manualidades.

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Mas então “antigamente é que era bom”? Não exatamente. Basta dar uma olhadinha no quarto de utensílios para ficar feliz em viver no século XXI: uma geladeira de cerca de um metro, batedor de manteiga e ferro a carvão, entre outras “modernidades”.

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Isso sem falar que não pude ignorar que em quase todos os cômodos relacionados às atividades domésticas tinha um bercinho ou um cavalinho de criança. Ou seja, se hoje com microondas e lava-louças a gente sofre pra dar conta das crias, imagina naquela época.

Bom seria se conseguirmos resgatar o que de bom tínhamos no passado, mas sem perdermos nossas pequenas conquistas cotidianas. Será que é possível? O que você acha?

5 tipos de plantas ideais para ter em vasos pendentes dentro de casa

Uma das coisas que mais queremos fazer aqui, desde que voltamos das nossas férias, é colocar mais plantas em casa! A ideia é ter mais verde por todos os lados mesmo. Ter um pouco de natureza por perto para deixar a rotina mais leve.

A solução foi investir na nossa varandinha (trabalho ainda em progresso) e pendurar vasos pelas paredes, já que no chão não cabe mais nada. Usamos mão francesas de tamanho médio parafusadas na parte mais alta da parede. O resultado foi esse!

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Para escolher as plantas, passei uma tarde bem bacana, num garden center grandão, e conversei bastante com os vendedores para saber que plantas sobrevivem bem penduradas dentro de um apartamento, ou seja, na sombra e na meia-sombra.

1. Samambaia
Barata, fácil de achar e de cuidar, a samambaia é uma beleza! Ela não gosta de sol direto nem de vento, por isso é interessante pendurá-la em um lugar protegido que receba bastante luz mas de forma indireta. A samambaia é muito resistente e uma das plantas mais antigas do mundo! (vocês sabiam que elas existem desde a época dos dinossauros?)
Elas gostam também de solo úmido mas não encharcado, por esse motivo é sempre bom deixar a água escorrer livres nos furinhos do vaso, quando você aguar.

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Véu de Noiva e Peperômia

2. Peperômia
Tem folhas em formato de coração e são literalmente puro amor. São hiperfáceis de cuidar e ficam lindas em vasos pendentes. As peperômias precisam ter a terra sempre úmida e não deve receber sol também. Perfeita para ficar penduradinha na parede da sua casa.

3. Véu de Noiva
Elas tem folhas bicolores, verdes escuras de um lado e um tom berinjela do outro, e pequenas flores brancas bem delicadas que parecem levitar sobre as folhas. Parecem bordados brilhantes, por isso tem esse nome. Elas não gostam de ficar no sol direto mas precisam de luz. Então vale colocá-las em lugares que recebam sol indiretamente. Se não receberem esse sol indireto, elas podem até sobreviver mas não darão flores. Gosta do solo sempre úmido.

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Tostão verde claro pendente e verde escuro cultivado na varanda.

4. Jibóia
É uma das plantas mais populares que existem. A jibóia se fixa em galhos de árvores, por isso costuma-se colocar um pequeno tronco nos vasos. Porém, se você quiser deixá-la pendente pode retirar a madeira. Esse tipo de planta gosta de locais muito iluminados, mas também sem luz direta do sol. Sobrevivem em locais pouco iluminados mas perdem um pouco da exuberância pois as folhas ficam em apenas um tom e crescem mais devagar. Elas não se dão bem no frio e não gostam de muita água. O solo dela tem que ficar pouco úmido (que é diferente de seco, viu?). Me aconselharam a regá-la de uma a duas vezes por semana.

5. Tostão
Eu comprei na loja com o nome de “Dinheiro”. Quando estava escolhendo achei que precisava ter “Dinheiro” em casa. :D Ela é uma planta geralmente usada como forração para cobrir áreas no solo de jardins, porém, se plantada em vasos cresce bastante e fica linda, toda pendente.
Não é muito fã de água, então é aconselhável molhar o tostão duas vezes por semana com pouca água. O tostão não gosta de frio nem de vento. Ele também não deve receber sol direto e sua coloração e quantidade de folhas varia de acordo com a quantidade de luz que recebe. Quanto mais claridade, mais densa e escura será sua folhagem. (Na foto acima dá pra ver bem a diferença entre as duas: a mais da ponta esquerda veio da loja assim, já pendente, mais clara e com as folhas bem espaçadas. A segunda menorzinha estava na varanda no sol e está aí temporariamente enquanto não troco o vaso da Jibóia que ficará no lugar dela.

Essas foram os cinco tipos de plantas pendentes que escolhi para decorar essa nova fase verde da casa. Provavelmente vou comprar outras em breve. Quero colocar mais plantinhas por todos os cantos!