O Faça Você Mesmo nunca esteve tão na moda. O que mais se vê por aí são tutoriais ensinando como pôr a mão na massa para transformar a casa (sim, esse blog por exemplo), o visual e a vida.
Tem também o Movimento Maker, o nome dado ao boom de projetos Faça Você Mesmo na área de tecnologia e design. De repente, parece que todo mundo se deu conta que fazer as coisas com as próprias mãos é bacana. E isso é ótimo.
O problema é que quando a pessoa enfim resolve fazer o projeto mara que salvou no Pinterest, descobre que a vida não é tão simples assim.
Ela não encontra fácil aquele tipo de cola, descobre que a ferramenta para fazer aquele trabalho incrível na madeira custa o salário do mês e que o material para fazer aquela mesinha improvisada custa o dobro de comprar o móvel em uma loja bacana. Isso brocha legal o ímpeto criativo de qualquer pessoa.
Aqui no Brasil, as pessoas se acostumaram tanto a contratar outras para fazer as coisas em casa que a minha sensação é que o mercado deixou de lado as ofertas de materiais para quem quer criar com as próprias mãos.
Sim, existem marcas nacionais incríveis de materiais para “artesanato” mas elas hoje são tão de nicho que praticamente só é possível comprar online. As aspas na palavra artesanato estão aí porque acho que esse termo também atrapalha bastante quem ama o Faça Você Mesmo.
Veja bem, eu posso comprar um daqueles potinhos pequenos de tinta acrílica para pintar só um pedacinho dos pés de uma cadeira da minha casa. Não estou fazendo artesanato. Não é preciso ser artesão para comprar tintas, pincéis, colas especiais e outros materiais. Vamos acabar com esse estereótipo.
Qualquer pessoa pode desejar fazer algum projeto manual em alguma altura da vida. Esse é um mercado massa, que está crescendo (vide a Mega Artesanal que a cada ano está mais lotada) e quem olhar para ele com a devida atenção vai marcar um golaço.
Sei que em 2017 chega ao Brasil à Zôdio, uma loja do mesmo grupo francês da Leroy Merlin, voltada para o Faça Você Mesmo nas áreas de decoração, manualidades e culinária. Tive oportunidade de conversar com os diretores ano passado e achei a proposta bem legal.
Também fico muito feliz em ver que os Fab Labs estão bombando por aqui! Esses espaços têm máquinas como impressoras 3D, cortadoras à laser, máquinas de costura, equipamento para marcenaria, entre outros maquinários, para uso compartilhado mediante uma pequena taxa. Conheci a proposta do Fab Lab Recife e do Garage Fab Lab aqui em São Paulo, mas já existem vários outros pelo país. E que venham mais!
Se tudo der certo, vamos todos virar “fazedores” e em breve teremos uma seção de Faça Você Mesmo em todos os grandes supermercados e FabLabs em todos os cantos do país. ;) Dedos cruzados!