Decoração da sala com açúcar e com afeto, mas sem frufru

Quando vi o release com o título “Espaço com açúcar, com afeto na Casa Cor Brasília” já imaginei um lugar rosa, retrô e cheio de frufru. Tive uma surpresa deliciosa quando vi que o ambiente criado pela designer de interiores Dessirée Nassaralla e pelo arquiteto Marcelo Marcolino em nada lembra todos os clichês puxados por essa frase doce.

Ele tem sim uma pegada retrô, mas com uma releitura muita mais bacana e criativa. O ambiente é um espaço de convivência que inclui cozinha, sala de estar e de jantar integrados. Foram usadas muitas fibras e tecidos naturais, além de peças com a estética dos anos 50 para decorar esse ambiente muito inspirado.

1-com-ac%cc%a7ucar-com-afeto-foto-edgar-cesar

4-com-ac%cc%a7ucar-com-afeto-foto-edgar-cesar

3-com-ac%cc%a7ucar-com-afeto-foto-edgar-cesar

De cara já me apaixonei por essa parede degradê caramelo. Já tinha visto esse tipo de pintura em inúmeras referências do Pinterest mas sempre em tons de verde e azul e com a pintura mais regular, como essa que mostrei na edição de 2013 da Casa Cor São Paulo (lembram?).  A parede caramelo deixou a sala bem aconchegante.

7-com-ac%cc%a7ucar-com-afeto-foto-edgar-cesar

Na parede da sala de estar um mosaico feito em madeira filetado de forma artesanal em formato de espinha de peixe. Deve ser super trabalhoso mas acho que para os mais prendados rola copiar em casa, hein? Talvez com uma madeira menos nobre para ficar mais acessível.

2-com-ac%cc%a7ucar-com-afeto-foto-edgar-cesar

Achei essa cozinha uma das mais bacanas que vi nos últimos tempos. Estampa chevron feitas com o revestimento na parede, temperos plantados e pendurados bem pertinho das mãos, móveis laqueados na cor preta com puxadores dourados e essa geladeira maravilhosa da década de 50 que mais parece uma barra de ouro que vale mais do que dinheiro.

Quem estiver em Brasília pode visitar esse e outros ambientes na Casa Cor 2016.

Casa Cor 2016 – Brasília

Local: QI 9 lote D Comércio Local – Lago Sul (antigo Inacor – Instituto Nacional do Coração).

Data: 22 de setembro a 9 de novembro de 2016.

Horário: De terça a sexta, das 15h às 22h; aos sábados e domingos, das 12h às 22h.

Ingressos: R$ 46 (inteira) / R$ 23 (meia) para estudantes.

 

 

Fotos – Edgar César

O que acontece quando um designer talentoso reforma uma casa pequena de apenas 7 m2.

Você que está aí reclamando da vida, achando que o seu apartamento é muito pequeno. Dá uma olhada na casa que o arquiteto e designer italiano Marco Pierazzi transformou em Roma, na Itália.

O pequeno imóvel, construído no século 18, estava abandonado há muitos anos. Em 2010, Marco o comprou e deu nova vida a casinha que passou a servir de moradia para ele e sua esposa por alguns anos.

casa_pequena_2

220415_3

casa_pequena_3

Além do portão de ferro, na reforma foi adicionado uma porta de vidro e uma cortina. Desta forma eles conseguem aproveitar a luz natural e ter também privacidade quando quiserem.

casa-pequena-1

A mesa pode ser dobrada e os degraus da escada servem como um dos assentos.

casa_pequena_10

casa_pequena_6

Apesar de micro a cozinha desta casa pequena é bem equipada!

casa_pequena_9

casa_pequena_8

No banheiro, uma ducha, pia, vaso sanitário e até armários.

casa_pequena_12

No quarto, a cama vira sofá para ver um filminho na televisão. Nas paredes, o arquiteto optou por revitalizar os tijolos originais em parte do ambiente e o resultado é essa belezinha aí!

casa_pequena_13

A “mesinha de cabeceira” como um nicho na parede foi uma sacada bem legal!

casa_pequena_14

O designer e sua esposa já não vivem na casa pequena que fica próxima ao Castelo de Sant`Angelo. Eles se mudaram quando a família cresceu e agora o imóvel serve de hospedagem para amigos e conhecidos quando em Roma.

Fotos: Matteo Rossi
Via: Tiny House Design

O “Faça Você Mesmo” e o longo caminho que temos pela frente!

O Faça Você Mesmo nunca esteve tão na moda. O que mais se vê por aí são tutoriais ensinando como pôr a mão na massa para transformar a casa (sim, esse blog por exemplo), o visual e a vida.

Tem também o Movimento Maker, o nome dado ao boom de projetos Faça Você Mesmo na área de tecnologia e design. De repente, parece que todo mundo se deu conta que fazer as coisas com as próprias mãos é bacana. E isso é ótimo.

 

faça você mesmo

O problema é que quando a pessoa enfim resolve fazer o projeto mara que salvou no Pinterest, descobre que a vida não é tão simples assim.

Ela não encontra fácil aquele tipo de cola, descobre que a ferramenta para fazer aquele trabalho incrível na madeira custa o salário do mês e que o material para fazer aquela mesinha improvisada custa o dobro de comprar o móvel em uma loja bacana. Isso brocha legal o ímpeto criativo de qualquer pessoa.

Aqui no Brasil, as pessoas se acostumaram tanto a contratar outras para fazer as coisas em casa que a minha sensação é que o mercado deixou de lado as ofertas de materiais para quem quer criar com as próprias mãos.

page2a-diy-painting-1slide

Sim, existem marcas nacionais incríveis de materiais para “artesanato” mas elas hoje são tão de nicho que praticamente só é possível comprar online. As aspas na palavra artesanato estão aí porque acho que esse termo também atrapalha bastante quem ama o Faça Você Mesmo.

Veja bem, eu posso comprar um daqueles potinhos pequenos de tinta acrílica para pintar só um pedacinho dos pés de uma cadeira da minha casa. Não estou fazendo artesanato. Não é preciso ser artesão para comprar tintas, pincéis, colas especiais e outros materiais. Vamos acabar com esse estereótipo.

Qualquer pessoa pode desejar fazer algum projeto manual em alguma altura da vida. Esse é um mercado massa, que está crescendo (vide a Mega Artesanal que a cada ano está mais lotada) e quem olhar para ele com a devida atenção vai marcar um golaço.

maker-movement-featured-image

Sei que em 2017 chega ao Brasil à Zôdio, uma loja do mesmo grupo francês da Leroy Merlin, voltada para o Faça Você Mesmo nas áreas de decoração, manualidades e culinária. Tive oportunidade de conversar com os diretores ano passado e achei a proposta bem legal.

Também fico muito feliz em ver que os Fab Labs estão bombando por aqui! Esses espaços têm máquinas como impressoras 3D, cortadoras à laser, máquinas de costura, equipamento para marcenaria, entre outros maquinários, para uso compartilhado mediante uma pequena taxa. Conheci a proposta do Fab Lab Recife e do Garage Fab Lab aqui em São Paulo, mas já existem vários outros pelo país. E que venham mais!

Se tudo der certo, vamos todos virar “fazedores” e em breve teremos uma seção de Faça Você Mesmo em todos os grandes supermercados e FabLabs em todos os cantos do país. ;) Dedos cruzados!