Sobre apego, lembranças e deixar os móveis partir

Dora está crescendo. Ela já corre, conversa, dança e canta pela casa toda. Minha bebê não é mais uma bebê. E isso às vezes dói.

Lógico que eu amo ver ela crescendo saudável e virando uma menininha esperta e curiosa. Mas diariamente estou sofrendo de uma angústia danada por estar me dando conta que já não posso proteger minha pequena nos braços como antes.

Vocês vão rir de mim, mas essa crise toda foi porque essa semana vendemos a poltrona de amamentação dela. Nessa poltrona passei os primeiros momentos mais difíceis e também os mais lindos com a minha filha. Foi nela que chorei por muitos dias quando me dei conta que meu leite nunca “desceria” e foi nela que, mesmo assim, decidi que continuaria oferecendo o peito para ela enquanto ela quisesse.  Foi nessa poltrona que trocamos os primeiros olhares, carinhos e afetos. Ouso até dizer que foi nela que nos tornamos mais mãe e mais filha.

doraquarto4-1

E sendo assim, deixar a poltrona ir embora, por incrível que pareça foi uma decisão que nos doeu muito.  Mas aconteceu. Agora temos mais espaço para que o quarto de bebê vire um quarto de criança.

Achei muito surreal a avalanche de sentimentos que um móvel nos causou. Não gostei de sentir isso e o objetivo de agora em diante é tentar ter menos apego às coisas dela. Vamos ver. Ainda falta ir embora o berço (ai, meu coração).

Quando vale a pena fazer você mesmo?

Recebo várias mensagens de pessoas com essa mesma pergunta. Confesso também que estou um pouco cansada de ver tutoriais na web de projetos super sofisticados, que custam uma nota e que dificilmente, se feito por leigos, ficarão tão bons quanto os que os profissionais que ensinam, fazem. Eu acho esse tipo de coisa um desserviço para quem quer começar a criar com as próprias mãos. Gera frustração e desanima logo de cara!

Antes de botar a mão na massa, é preciso ter ciência do processo, custos e do que você espera como resultado final. Criei um fluxograma para responder um pouco as muitas perguntas que recebo.

Esse fluxograma deve ser jogado no lixo se o intuito do projeto a ser feito é justamente curtir o processo. Se a ideia de “fazer você mesmo” for para lhe distrair, tirar o estresse ou criar um novo hobby, vá em frente sem pestanejar!

Mas se a ideia é fazer algo funcional para a sua casa, para os filhos, para vestir, para festejar ou para comer, considere essas questões antes de começar um projeto do tipo “faça você mesmo.”

Print

*Se o projeto for para crianças pequenas, com peças que podem ser engolidas se não estiverem bem presas, por exemplo, ou se for móveis que podem machucar se não bem executados, não vá adiante! A menos que você tenha total domínio técnico, isso pode ser bem perigoso!

 

Se resolver que “fazer você mesmo” é o que você quer, pode contar comigo para tirar dúvidas sobre materiais, técnicas e “otras cositas más”. :)

Uma casa feita de tendas para pessoas inspiradas

Construir cabaninhas não é só coisa de criança. O arquiteto japonês Issei Suma também teve esse desejo e criou uma casa formada por cinco cabanas unidas nas montanhas da província de Shizuoka.

casafloresta10casafloresta casafloresta2 casafloresta3 casafloresta4

A casa foi construída sob encomenda para duas mulheres, uma assistente social e uma cozinheira, que queriam servir à comunidade. Elas entregam refeições diariamente a idosos da cidade e abrem as portas da casa todos os dias para o almoço. Além disso a casa é toda adaptada para cadeirantes e conta com um quarto de visitas para receber idosos que precisem de cuidados.

casafloresta5 casafloresta6 casafloresta7 casafloresta8 casafloresta9

Uma casa inspirada para pessoas inspiradoras <3

Via: Huffington Post