O post contando como estamos fazendo aqui em casa para economizar teve tantas respostas positivas que resolvi compartilhar outros hábitos que temos para viver uma vida mais simples. Quando eu falo simples, estou falando de uma vida sem excessos e valorizando o que é essencial. Tem relação com a quantidade de dinheiro, mas também tem muito a ver com escolhas.
Minha renda sempre foi irregular desde que comecei minha vida profissional. Na maior parte do tempo, fui profissional freelancer e tanto fazia eu ganhar bem direitinho em um mês, como passar outros três sem ver nenhum sinal de dinheiro. O lado bom dessa minha experiência é que, economicamente falando, sou bem treinada para poupar o máximo possível. Outro hábito que veio com essa minha vida de freela é o valor que dou ao meu tempo livre. Consigo, sim, trabalhar dentro de um escritório, oito ou mais horas por dia. Porém, não posso negar que ser dona do meu dia, como sou atualmente, é algo muito prazeroso. E que atualmente, com a idade que Dora está, virou prioridade.
Por tudo isso, ter um estilo de vida mais simples se tornou necessário pra gente. Ter uma vida sem excessos no dia a dia, para ter mais tempo de fazer as coisas que realmente nos importa. Se vai ser assim para sempre, eu não sei. Mas tem funcionado até o momento.
Fazendo escolhas e as assumindo
Se existe uma verdade nesse mundo é essa de que não podemos ter/fazer tudo. Não podemos mesmo. Somos humanos e não damos conta. É fato! Se o foco é a carreira e você precisa trabalhar 12 horas por dia para chegar onde quer, é certo que algo será deixado de lado. Pode ser sua vida amorosa ou sua saúde, por exemplo. O mesmo acontece se o foco do momento é cuidar de um bebê. Não adianta. É preciso escolher.
Vou lhe dizer uma coisa que aconteceu aqui: depois que você assume as suas escolhas, a vida fica mais fácil e leve. Isso acontece porque você entende que não será 100% nas outras coisas que não são suas prioridades e tudo bem, porque foi uma escolha. E isso se aplica a tudo, inclusive às coisas do dia a dia. Por exemplo, se hoje eu defini que o dia seria para responder e-mails e enviar propostas de trabalho, não dará tempo de fazer almoço, arrumar a casa e Dora provavelmente terá que ver um pouco de televisão. E tudo bem! Se a gente decidiu que trocar a geladeira é a prioridade do mês, não vamos naquele restaurante que estávamos a fim no final de semana porque temos um objetivo maior e tudo bem também. E assim por diante! Defina suas prioridades, faça e assuma as suas escolhas e tenha uma vida com mais paz. Eu garanto que funciona!
Fazendo das mudanças algo divertido
Quando a gente pensa em vida simples, logo associa a menos dinheiro. Geralmente tem a ver, sim. Mas como falei no início do texto, não é só isso. Acho que também tem relação com o descomplicar. Mas ter uma vida mais simples (e barata) não significa menos conforto e diversão. Isso depende muito de como a gente encara as mudanças. Quer um exemplo: quando eu trabalhava fora, optava por ir de ônibus pra economizar combustível e estacionamento em alguns dias na semana. Dessa forma, economizava mais de 60 reais. Nos dias em que eu pegava ônibus aproveitava para dar uma volta pela Paulista (região difícil e cara de estacionar aqui em São Paulo) e até rolava de tomar uma cervejinha depois do trabalho, às vezes, já que eu não estava dirigindo. Não era um peso, tinha suas vantagens! Acho que algo parecido também pode acontecer quando você decide comer menos fora, por exemplo. Se você encarar a mudança como uma oportunidade de testar aquelas receitas incríveis que viu na internet a coisa muda de figura! Encontre as vantagens do novo estilo de vida e foque nelas.
Diminuindo as opções
Isso pode parecer uma coisa ruim, mas não é. Quando eu falo em diminuir as opções, estou querendo dizer em manter apenas o que é essencial. Por exemplo, já pensou em como você se arrumaria bem mais rápido se tivesse no armário apenas as roupas que realmente usa? Como a maquiagem seria mais prática se no necessaire tivesse apenas os itens que você costuma passar? E a limpeza da casa? Já imaginou como seria bem mais fácil a faxina se você não tivesse tanta coisa? É disso que eu estou falando. Praticidade resulta em tempo livre, e se você leu o post sobre economia sabe que tempo livre significa menos dinheiro gasto e mais vida para ser vivida.
Essa dica de usar as mudanças como vantagem é ótima, posso dizer porque é a única que eu aplico (hahah). QUando não estou de férias (período letivo), saio de casa e vou para uma república passar a semana em outra cidade. Odeio ficar lá, mas aproveito esse tempo para passar em lojas e fazer coisas que não estão disponíveis na minha cidade. Por exemplo, na minha cidade não tem livrarias, cinema, teatros, etc. então aproveito e tento ir nesses lugares, ao menos pra tornar minha semana menos sofrida. Aproveito para comprar coisas também, já que é sempre mais barato do que na minha cidade.
A parte de escolhas talvez seja a mais difícil. Eu sempre tento abraçar o mundo com as coisas que gosto, e é difícil demais escolher alguma coisa. Por exemplo, às vezes eu quero me dedicar mais a escrita, e então penso que tenho que estudar aquilo, mas também quero desenhar, ver séries, filmes, tirar fotos, etc. e nunca consigo me dedicar a nada, por causa da pressão de querer fazer outras coisas. Escolher uma coisa implica “perder” as outras, e talvez seja essa a minha maior dificuldade, entender que não dá pra fazer tudo, ser boa em tudo
É, Marina! A parte das escolhas é a mais difícil mesmo. Mas também é a mais transformadora. Saber desapegar do que não pode abraçar é muito difícil mas vale a pena! Beijos
Tu é de Caruaru ou já viesse aqui? Tua segunda foto é da casa do Mestre Vitalino, não é? Claro que é, hahaha!
Gosto da tua segunda opção. Confesso que sempre vejo a mudança como algo que pode me dar dor de cabeça e estresse. E bom, confesso que há um tempo venho tentando ver também o lado positivo das coisas. Não é nada fácil, mas vamos lá, um dia de cada vez!
Oi, Jessika,
Eu nasci em Manaus, me mudei ainda pequena para Recife e há 8 anos moro em São Paulo! É na casa do Mestre Vitalino, sim! Fui passear em Caruaru na minha ultima visita a Recife :) beijos