Soluções criativas handmade podem ser lindas, exclusivas e descoladas. O que ninguém quase nunca fala é que elas podem custar caro, ter durabilidade duvidosa e um acabamento desastroso se você não tiver prática.
Não, essa postagem não é para lhe desencorajar a colocar a mão na massa! Se isso faz feliz o seu espírito crafty e original, vá em frente! Sou do seu time, lhe dou força, dicas e conselhos se você quiser e precisar! Esse texto não é para você!
Esse texto é para as pessoas que acham que ˜fazer em casa” ou dar um jeitinho é SEMPRE a única saída viável e a mais barata. Não é! O planejamento muitas vezes pode ser o melhor caminho.
Seguir aquele passo a passo para fazer uma mesinha que saiu na sua revista de decoração preferida pode sair bem mais caro do que comprar uma mesa pronta na lojinha do bairro. Fazer você mesmo é uma delícia, mas demanda tempo, materiais e ferramentas muitas vezes caros.
Meses atrás postei aqui fotinhos da minha sala de estar. Recebi uma enxurrada de mensagens com sugestões e “soluções” para melhorar o meu sofá-cama baratinho com cinco anos de uso e estofado já bem gasto (sabe daqueles que você senta e sente a estrutura de madeira no bumbum?! Pois bem!). Atualmente ele tem uma manta enorme feita pela minha mãe mesmo apenas para cobrir as manchas todas. Entre as muitas sugestões estavam trocar o estofamento, fazer uma capa e colocar uma manta nova mais bonita e colorida. Um novo estofamento custa caro e é indicado para quem tem sofás antigos, com estrutura de madeira de verdade, daquelas que “não se fabricam mais”. Meu sofá tem estrutura de uma madeira molenga e novo custou 2/3 do que custaria para estofá-lo. Não faria absolutamente nenhum sentido.
Uma capa sob medida custaria em média metade de um sofá semelhante novo e não resolveria o problema do estofamento velho, assim como a manta que, apesar de bem mais barata, seria um dinheiro a menos para a inevitável troca de sofá. “Mas se você não tem dinheiro para um novo agora, vai fazer o que?” Eu vou esperar o tempo de juntar o dinheiro para o sofá novo sem gastar nem um tostão no velho. É essa a lógica que ando praticando aqui e que so far tem funcionado muito bem. Sim, é uma bela bosta ficar olhando para aquele móvel caidinho no meio da sala. Mas não é nada que impossibilite a minha vida.
Hoje fazemos essas escolhas aqui em casa diariamente. Quase todas as vezes optamos por planejar e executar o projeto final em vez de torrar uns bons reais nos provisórios. Mas “quase” todas as vezes… tem coisas que a ideia final está muito longe e a situação do jeito que está, meio impraticável. Aí, nestes casos, partimos para o plano B, sim! Sem culpa, sem medo de ser feliz e gastando o menos possível.
Toda essa história é apenas para refletirmos na hora de planejar a decoração. É preciso pensar se você vai realmente ficar satisfeita com um lustre feito com bolinhas de ping pong quando na verdade queria mesmo era aquele feito por um designer que você passou meses paquerando na vitrine da loja. Se você acha que o feito em casa resolve o seu problema, vá em frente! Compre os materiais e mãos à obra! Mas se você acredita que, mesmo assim, o lustre da loja não sairá da sua cabeça, guarde o dinheiro da fiação, das lâmpadas e das bolinhas. Assim, o lustre dos sonhos já estará um pouco mais próximo de morar na sua sala.