Oi, leitoras e leitores de firulas. Aqui quem tecla é o marido da dona deste blog, Márcio, jornalista, blogueiro hobbista de cultura pop e ocasional criador de problemas para minha digníssima em assuntos para o lar. O lustre da discórdia, da foto acima, foi um desses recentes problemas.
Era uma tarde de sábado em uma loja de trecos para o lar. No momento de comprar o lustre para a sala da casa nova, o dilema instaurou-se. Vários lustres grandes de acrílico, um modelo bonito e disponível em várias cores. Concordamos que o modelo era ótimo. Já na hora de escolher a cor… perdoem o meu francês, mas aí fudeu.
Ela já estava decidida que queria um lustre amarelo porque tinha um plano: combiná-lo com a nossa parede cinza que ficou na entrada da sala. Gostei do lustre amarelo, decidi com ela a cor da parede; o caso é que gostava de ambos em separado, mas na minha cabeça eles não combinavam tanto assim.
Sugeri vermelho. Não. Preto. Não. Cinza… ok, cinza com cinza até eu, um ignorante em decoração que sou, achei que não ficaria muito legal. Também cogitei mudar a cor da parede, mas não rolou. Restou o lustre amarelo. Deixei claro minha opinião, e ela e eu nos sentindo em um misto de frustração, nervosismo e tristeza. Eu até topava um lustre laranja, mas mesmo que tivesse, não ia adiantar, pois para ela o amarelo era perfeito. Enfim… para mim não tinha jeito, “era uma cilada, Bino!”.
No final, como puderam notar pela foto, prevaleceu o amarelo. Cedi por vários motivos. Talvez ela estivesse certa e combinasse com a parede, e o errado era eu. Talvez ela se importasse mais com isso do que eu. Talvez eu passasse a gostar mais do combo lustre amarelo + parede cinza com o tempo. Mas a real é que deixar minha esposa triste já é complicado pra mim, e ainda mais no assunto decoração, tão caro a ela. Foi um sacrifício em nome do amor e da harmonia no relacionamento.
(Embora o fato dela ter me deixado escolher a cor da varanda fez alguma diferença na negociação).
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A partir de hoje, Márcio irá mostrar a versão masculina de uma casa de firulas, escrevendo esporadicamente a coluna “Casa de Tranqueiras” aqui no blog. Espero que vocês curtam!