O Carnaval e os 2 anos de Dora

Neste exato minuto, escrevo com a minha sala repleta de serpentina e confete. Dora descobriu os valiosos itens enquanto eu separava um pouco para ela levar para a festa da escola na sexta. Desde que Dora nasceu, o Carnaval pra mim virou outra coisa.

Não posso mais pular nem beber como antes (afinal tenho que cuidar dela no dia seguinte), mas existem coisas novas e muito boas também. Ajudar ela a se fantasiar para a primeira festinha de Carnaval na escola, por exemplo foi muito especial. Como é delicioso ver minha pequena crescer.

Hoje, na terça feira gorda, faz 2 anos que ela nasceu e 2 anos que eu renasci. Não existe uma só vez em que eu me lembre do dia 28 de fevereiro de 2015 sem que meu peito se encha de amor e os meus olhos de lágrimas. Dora transformou a minha vida de um jeito que muitas vezes vejo fotos antigas minhas e não me reconheço.

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Em 2 anos de maternidade tenho certeza que ela me ensinou muito mais do que eu a ela. Ela trouxe uma força que até então nem eu nem Márcio sabíamos que tínhamos. Problemas antes gravíssimos perderam a importância. E aqueles que continuaram fortes, fomos aprendendo a conviver de uma forma um pouco mais leve, sem deixar que eles tomassem conta de toda a rotina.

Essa menininha de cabelos cacheados e sorriso aberto já busca muita independência porém ainda adora um colo e um cafuné. Sabe ser doce e brava, engraçada e sentimental. É uma caixinha de felicidade que nos ensina que não existe limite para o tanto de amor que alguém pode sentir.

E o que mais desejo e me esforço nessa vida é para que ela consiga receber e sentir de volta tudo de mais lindo que ela fez por nós. <3

Te amo, meu amor. Que os seus 2 anos sejam cheios de amigos, gargalhadas, bolhas de sabão, pipocas, parquinhos e tudo mais que você gosta tanto. Estarei sempre do seu ladinho (não importa onde eu esteja!)

PS.: Dora do futuro, se você tiver lendo isso aos 14 anos e tiver achando que esse texto é um puta mico, minha filha, saiba que, além de tudo, faz 1 semana que eu só choro porque ver você crescendo é a coisa mais linda e emocionante que já me aconteceu na vida. Além disso, quando eu lembro do desespero que eu tive quando me vi sozinha com uma recém-nascida, penso que ver você bem e saudável depois de 2 anos é também uma vitória.

Sobre pratos de bolo e apreços domésticos

Minha casa não tem espaço pra nada. A gente está no estágio de mexer em todas as estantes e armários para analisar o que temos e o que podemos nos desfazer. Já me desfiz de um monte coisas. Confesso que não sofri (muito). Mas aí, certo dia, Márcio chegou nos armários da cozinha.

Veja bem, neles eu guardo muitas coisas que foram usadas 1, 2 vezes. Travessas e pratos de servir, pratos para bolos, um monte de artigos para festas (vai que eu acordo festiva!), louças que trouxe de viagens e tenho até um ibrik de fazer café turco que comprei em Istambul e que tenho apego.

Márcio quer se desfazer dessas coisas. Eu não. Temos um impasse. Elas são valiosas para mim. Talvez meu erro tenha sido comprá-las pra começo de conversa, já que nunca tivemos muito espaço. Mas comprei. E olhar para essas coisas, mesmo que poucas vezes ao ano, me traz muita alegria.

Sendo assim, decidi que vou me desfazer de outras coisas, que talvez eu até use mais, mas definitivamente gosto menos. Sei que adoro dizer que devemos ter um lar prático, com o essencial. Mas devo reconhecer que o essencial pode ser algo relativo. E que a gente deve mesmo é cultivar/ ter/ criar o que nos faz feliz.

Quais são os artigos afetivos da sua casa? Me conta nos comentários ou por e-mail [email protected]? Adoro ouvir essas histórias!

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Deixo você com essa imagem ótima de Dona Valdirene e sua singela coleção de Tupperware. Tenho essa foto salva no meu computador para todas as vezes que Márcio reclamar dos meus 3 pratos para bolo, eu mostrar a ele que a coisa poderia ser bem pior. :)

Como ter uma vida mais simples – Minha experiência

O post contando como estamos fazendo aqui em casa para economizar teve tantas respostas positivas que resolvi compartilhar outros hábitos que temos para viver uma vida mais simples. Quando eu falo simples, estou falando de uma vida sem excessos e valorizando o que é essencial. Tem relação com a quantidade de dinheiro, mas também tem muito a ver com escolhas.

Minha renda sempre foi irregular desde que comecei minha vida profissional. Na maior parte do tempo, fui profissional freelancer e tanto fazia eu ganhar bem direitinho em um mês, como passar outros três sem ver nenhum sinal de dinheiro. O lado bom dessa minha experiência é que, economicamente falando, sou bem treinada para poupar o máximo possível. Outro hábito que veio com essa minha vida de freela é o valor que dou ao meu tempo livre. Consigo, sim, trabalhar dentro de um escritório, oito ou mais horas por dia. Porém, não posso negar que ser dona do meu dia, como sou atualmente, é algo muito prazeroso. E que atualmente, com a idade que Dora está, virou prioridade.

Por tudo isso, ter um estilo de vida mais simples se tornou necessário pra gente. Ter uma vida sem excessos no dia a dia, para ter mais tempo de fazer as coisas que realmente nos importa. Se vai ser assim para sempre, eu não sei. Mas tem funcionado até o momento.

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Fazendo escolhas e as assumindo

Se existe uma verdade nesse mundo é essa de que não podemos ter/fazer tudo. Não podemos mesmo. Somos humanos e não damos conta. É fato! Se o foco é a carreira e você precisa trabalhar 12 horas por dia para chegar onde quer, é certo que algo será deixado de lado. Pode ser sua vida amorosa ou sua saúde, por exemplo. O mesmo acontece se o foco do momento é cuidar de um bebê. Não adianta. É preciso escolher.

Vou lhe dizer uma coisa que aconteceu aqui: depois que você assume as suas escolhas, a vida fica mais fácil e leve. Isso acontece porque você entende que não será 100% nas outras coisas que não são suas prioridades e tudo bem, porque foi uma escolha. E isso se aplica a tudo, inclusive às coisas do dia a dia. Por exemplo, se hoje eu defini que o dia seria para responder e-mails e enviar propostas de trabalho, não dará tempo de fazer almoço, arrumar a casa e Dora provavelmente terá que ver um pouco de televisão. E tudo bem! Se a gente decidiu que trocar a geladeira é a prioridade do mês, não vamos naquele restaurante que estávamos a fim no final de semana porque temos um objetivo maior e tudo bem também. E assim por diante! Defina suas prioridades, faça e assuma as suas escolhas e tenha uma vida com mais paz. Eu garanto que funciona!


Fazendo das mudanças algo divertido

Quando a gente pensa em vida simples, logo associa a menos dinheiro. Geralmente tem a ver, sim. Mas como falei no início do texto, não é só isso. Acho que também tem relação com o descomplicar. Mas ter uma vida mais simples (e barata) não significa menos conforto e diversão. Isso depende muito de como a gente encara as mudanças. Quer um exemplo: quando eu trabalhava fora, optava por ir de ônibus pra economizar combustível e estacionamento em alguns dias na semana. Dessa forma, economizava mais de 60 reais. Nos dias em que eu pegava ônibus aproveitava para dar uma volta pela Paulista (região difícil e cara de estacionar aqui em São Paulo) e até rolava de tomar uma cervejinha depois do trabalho, às vezes, já que eu não estava dirigindo. Não era um peso, tinha suas vantagens! Acho que algo parecido também pode acontecer quando você decide comer menos fora, por exemplo. Se você encarar a mudança como uma oportunidade de testar aquelas receitas incríveis que viu na internet a coisa muda de figura! Encontre as vantagens do novo estilo de vida e foque nelas.


Diminuindo as opções

Isso pode parecer uma coisa ruim, mas não é. Quando eu falo em diminuir as opções, estou querendo dizer em manter apenas o que é essencial. Por exemplo, já pensou em como você se arrumaria bem mais rápido se tivesse no armário apenas as roupas que realmente usa? Como a maquiagem seria mais prática se no necessaire tivesse apenas os itens que você costuma passar? E a limpeza da casa? Já imaginou como seria bem mais fácil a faxina se você não tivesse tanta coisa? É disso que eu estou falando. Praticidade resulta em tempo livre, e se você leu o post sobre economia sabe que tempo livre significa menos dinheiro gasto e mais vida para ser vivida.