Foi tão, mas tão difícil escolher as histórias do concurso que tive que pedir ajuda! Depois de muito pensarmos escolhemos as histórinha que mais gostamos. As cinco histórias vencedoras que ganharão um kit de produtos Santa Edwiges são:
“No Natal do ano passado finalmente conseguimos reunir toda a família e resolvemos tirar um amigo secreto. A noite de Natal chegou e assim que deu meia-noite começamos a entrega dos presentes. Todos foram dando e ganhando presentes, quando de repente a minha avó foi a única que ficou com o presente que ela comprou na mão e todos já haviam ganhado o seu. Na hora pensei: faltou alguém e não percebemos. Foi quando ela mesma começou a falar: “eu tirei eu mesma, aproveitei para comprar essa blusa que estou usando agora e como eu iria me dar de presente, trouxe essa caixa vazia mesmo pra ninguém desconfiar de quem eu tirei.” Na hora, de tanta risada que dei fiquei sem forças e tive que sentar no chão. Eu nunca havia dado tanta risada na minha vida! Esse ano já ensinei a minha avó e ela disse que não tirou ela mesma dessa vez.”
Quem nesse mundo não tem uma história engraçada assim envolvendo algum parente divertido? Michelle Jakobi é para dividir o kit com a sua vó, viu? :*
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“O natal mais emocionante que passei foi quando peguei uma cartinha de Natal dos correios. Como ja estava bem perto da data, eles nao entregariam mais os presentes. Mesmo assim, decidi pegar uma e levar eu mesma.
Era a carta de uma mãe aflita, que estava sozinha, desempregada com tres filhos. Ela pedia somente uma cesta de Natal pra poder confraternizar com os filhos. Aquilo tocou meu cora,cão de uma certa maneira… Ela não pedia brinquedos ou roupas, somente algo simples pra não passar em branco o Natal. Quando cheguei lá e vi a carinha de felicidade das criancas, o brilho nos olhinhos deles, não me contive e cai em lágrimas. E as palavras daquela mãe, que ficou aliviada e agradecida por garantir o natal da família… não há nada que pague isso. O melhor presente que eu poderia ganhar!”
Ajudar ao outro faz um bem danado a gente! Que você faça bom proveito do seu kit, Gisele Martins.
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“O ano era 2006 e minha mãe perdia a batalha para a nefropatia. Foi um ano duro, de hemodiálises, algumas internações, dor e muito sofrimento. Ela estava cansada, mas eu, no meu mais puro egoísmo, queria mantê-la por perto. Eu sabia que a minha mãe precisava lutar muito para continuar viva e como ela sempre foi uma exagerada apaixonada por Natal, ouso dizer que a mais apaixonada que já conheci, eu comecei a fazer planos natalinos, todas as vezes que a visitava no hospital. Achava que se ela se empolgasse para uma celebração com a família, talvez tivesse mais força para lutar. Todos os dias eu lhe contava meus planos imaginários. Planos que eu sabia que não seriam realizados, mas eu os contava mesmo assim, porque achava que ela ficaria encantada e lutaria contra a terrível doença. Por um tempo deu certo. Eu, mesmo me sentindo mal por alimentar aquelas esperanças, consegui trazer, outra vez, o brilho nos seus olhos.
Ela me pediu para comprar um caderno e fazer as anotações de tudo que precisaríamos para uma grande ceia. E assim, ao longo da semana, revisávamos naquele quarto frio de hospital, todos os nossos planos. Para que ela acreditasse mais, eu passei a comprar vários enfeites natalinos que eu via na rua. Dizia que era para montarmos a nossa árvore e enfeitarmos todos os cantos da casa.
Uma tarde de domingo, minha mãe havia piorado e uma cirurgia para amputar parte do seu pé, já que a diabetes também ganhava a batalha contra seu corpo, seria feita na Segunda-Feira. Naquela tarde, ela me fez prometer que caso ela não escapasse, eu faria a festa do jeito que havíamos planejado. Eu achei tudo aquilo uma bobagem, porque embora toda e qualquer cirurgia envolva riscos, eu achei que aquela seria apenas mais uma e que no dia seguinte retomaríamos nossos planos para o natal que ela havia apelidado de Natal inesquecível.
Dia seguinte, logo após sair do trabalho, fui direto para o hospital, não sem antes comprar mais enfeites e coisinhas para o natal. O baque veio logo na recepção: ela não estava no quarto. Houve um problema na cirurgia e ela estava na UTI, ainda sem acordar e respirando por aparelhos. Essa cena ficou gravada em minha memória como um gado marcado. Jamais esquecerei.
Tentei conversar com ela, pedir para ela reagir, segurar a onda que em breve estaríamos em casa, celebrando o nosso natal inesquecível. Não houve reação. Pedi para a enfermeira de plantão para deixar um enfeite de natal na cabeceira da sua cama, mas ela disse que não seria possível por causa dos riscos de infecção e etc e eu aceitei. Antes de sair, num puro impulso de irresponsabilidade, coloquei a estrela que havia comprado para ocupar o topo da nossa árvore, por baixo do seu travesseiro. Eu não sei o que quis dizer com aquilo, mas foi o que tive vontade de fazer no momento.
Naquela mesma madrugada, às 04:23, o telefone da minha casa tocou. Era o pessoal do hospital pedindo para levar uma roupa e os documentos dela. Ali eu sabia que havia acabado. Não haveria mais natal. Nem naquele ano, nem nos seguintes. O natal havia morrido junto com a minha mãe.
Desde então, o Natal, que antes era motivo de alegria, a única coisa capaz de reunir toda família briguenta em paz ao menos por um dia, deixou de existir pra mim.
Nunca mais comemorei, nunca mais arrumei a casa ou passei em casas de parentes e passei a odiar todo o clima que envolve essa comemoração. Isso até este ano, quando sonhei com a minha mãe me pedindo para armar a árvore e não deixar essa magia acabar. Pela primeira vez, depois de alguns anos, eu consegui mexer naqueles enfeites que eu havia comprado. Pela primeira vez, depois de tudo, eu consegui, enfim, armar a árvore de natal, mas ainda não consigo usar uma estrela. É como se todas as lembranças daquele dia voltassem com força total. No lugar da estrela, confeccionei um coração em feltro, que na minha cabeça simboliza todo amor que eu e a minha mãe sentíamos por essa data. Eu não sei como será o meu Natal. Não sei se consegurei celebrar essa data e até mesmo se conseguirei sair de casa, mas por um momento, mesmo que breve, eu queria sentir aquela alegria de outrora outra vez.
Eu relutei em fazer esse texto. Escrevi e apaguei algumas vezes, mas achei que talvez a minha mãe quisesse que eu contasse isso para outras pessoas e quando vi a data do sorteio, 12/12, que seria o aniversário dela, caso viva fosse, eu percebei que sim, que ela gostaria muito se eu contasse isso para mais alguém.
Não importa ganhar, não importa participar..importa é contar isso, dividir com alguém e ganhar forças para seguir em frente.
E a Santa Edwiges, que foi para o mosteiro após a morte dos filhos e do marido, talvez queira me dizer algo nas entrelinhas, por eu dividir tudo isso que aconteceu após a morte da minha mãe.
Eu realmente não sei como será o meu Natal, mas desejo de coração que o de todos vocês seja especialmente maravilhoso, cheio de magia e alegria que essa data costumava trazer para mim. Que em 2014 seus desejos tornem-se realidade e que vocês compartilhem todo amor que há nesse mundo.”
Manuela Oliveira do Nascimento, esse kit é para você voltar a comemorar o Natal do jeitinho que sua mãe curtia! <3
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“Naquele momento eu estava indo apenas pra um encontro entre duas pessoas recém divorciadas. Era véspera de Natal e não estavamos querendo participar de nada que lembrasse família. Esse encontro foi meio arranjado pelo meu melhor amigo, entre eu e o seu irmão que morava em outro estado. Fui apanhá-lo, pois ele estava de férias na casa dos pais e tinha vindo sem carro. Tentamos vários bares e restaurantes, sem sucesso, todos exigiam reserva e direito a ceia de natal. Mas quando pensei que depois de tantas tentativas a noite ja era terrível, ela conseguiu ser pior: ao sair de mais um restaurante sem sucesso, tropecei nos meus belos saltos, cai de cara na calçada e quebrei totalmente um dente de cima, logo na frente. Eu estava banguela diante do candidato a paquera. Não adiantava procurar ajeitar de imediato. Sentamos numa mureta à beira mar, e após estancar o sangue rimos tanto de nossas histórias, que até esqueci que estava banguela. Ao final, nos despedimos com um beijo na boca e ja estávamos totalmente encantados um pelo outro. Depois desse Natal, logo fiz uma coroa dentaria, o irmao do meu amigo se estabeleceu em minha cidade e nunca mais nos separamos. Nunca pensei conquistar alguem banguela. Na véspera deste próximo natal fará tres anos que nunca mais nos largamos, casamos e seremos felizes para sempre.”
Ana Claudia de Andrade Lima Duarte, achamos a sua história divertidíssima! Felicidades!
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“Foi no Natal de 2003, se não me engano. Todo ano passamos a noite de Natal na casa da minha avó, na cidade de Gália, interior de São Paulo. As comidas natalinas estavam todas prontas, em cima do fogão, só esperando a hora da ceia. Era tender, peru, arroz, cuscuz, farofa e por aí vai. O que acontece é que o fogão da minha avó (até aquele dia) era suspenso, embutido. Perto das 20h, 21h estávamos todos, primos, tios, filhos, netos, avós, conversando na sala e escutamos um barulho muito grande vindo da cozinha. Já pensamos em botijão de gás, alguém que caiu. Mas não, o que havia caído era o fogão!! Ele simplesmente despencou e juntou com ele todas as comidas! Deu para salvar alguma coisa, como peru, tender, um pouco do cuscuz, mas o resto foi tudo para o chão e, para ajudar, o cachorro foi saborear sua janta. Tentamos colocar o fogão no lugar e esquentamos a ceia na vizinha (que também passava o Natal com a gente). A partir deste dia, minha avó comprou um fogão novo, mas nunca esqueceremos deste Natal!”
Laís Pieroni, para não ter perigo de acontecer de novo já garantimos algumas gostosuras para a ceia da sua família!
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PARABÉNS AOS VENCEDORES! Entrem em contato o mais rápido possível pelo e-mail [email protected] para fornecer os seus dados.
Gente, tiveram pelo menos mais umas 20 historinhas que mereciam ganhar o kit também. :( Mas como só podíamos escolher cinco, muita gente ficou de fora.
Desejo do fundo do coração que todo mundo que compartilhou suas histórias tenham um Natal feliz e inesquecível!